Em tempos de cor
Para a felicidade que agora me bate a porta
acordei molhado e incompleto,
olhei me no espelho e não me vi,
seus rabiscos no papel beijou meus lábios,
em compassos marcados pelo tempo,
segui em movimentos fetais,
tentei sorrir
o sol sobre a cabeça
dora a pele intensamente,
esmoece a força
e prolonga o tempo.
no seu insano delírio febril,
sinto seu corpo em contornos sutis
evaporar com os 40 graus
anunciados no boletim de ontem.
líquida densidade engenhosa
lhe escorre pela face,
degenera e faz me embriagar
no sal da existência.
as horas passam
pra noite chegar nova.
o convite trilha a consciência...
pela brisa caminharemos mansamente.
o branco das nossas vidas
derramará toda beleza pra chegada
de uma nova estação.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home